Um edifício abandonado em Paris, França, foi «ocupado» por mais de 100 artistas urbanos de todo o mundo, incluindo 11 portugueses, e o resultado estará em exposição a partir de terça-feira, sendo o prédio depois demolido.

As intervenções dos artistas portugueses podem ser vistas no 2.º piso do n.º5  da Rue Fulton, um dos dez de uma torre abandonada, que será demolida no final de Outubro, disse à agência Lusa a responsável pela comitiva nacional, Lara Seixo Rodrigues, do Wool-Festival de Arte Urbana da Covilhã. De acordo com Lara Seixo Rodrigues, os artistas Diogo Machado, com o projecto «addfueltothefire», AKA Corleone, Kruella D’Enfer, Miguel Januário, com o projeto MAISMENOS, MAR, Mário Belém, Pantónio, Paulo Arraiano, Samina e Vhils tiveram, tal como todos os artistas envolvidos na exposição, “total liberdade de intervenção em paredes, tetos e chão”.

Lara Rodrigues seleccionou os artistas portugueses a convite da Galerie Itinerrance, responsável pela organização desta Tour Paris 13. O grupo de artistas portugueses escolhidos, adiantou, “pretende conter várias gerações e almas da street art [Arte Urbana] nacional e retratar desde o graffiti ao stencil [pintura com recurso a moldes], passando por todos os gestos, linguagens e/ou técnicas correntemente designados de pós-graffiti com influências mais contemporâneas da ilustração figurativa”.

Entre Abril e Agosto passado, em “quatro romarias”, os portugueses foram a Paris criar as obras que poderão ser vistas apenas durante 30 dias, já que, quando a exposição acabar, o edifício será demolido. Além dos portugueses, participam também na exposição artistas de países como Austrália, Argentina, Itália, México, Espanha, Brasil e Arábia Saudita. Apesar de a exposição ser temporária, ficará registada para a posteridade através de um documentário, realizado por Thomar Lallier, onde será retratado todo o processo, desde a «ocupação» dos espaços até à demolição da torre.

 

Tour Paris 13 poderá ser visitada entre os dias 1 e 31 de Outubro, de terça-feira a domingo, entre as 12h00 e as 20h00. A organização adverte que o acesso à exposição será limitado a 49 pessoas de cada vez, “por questões de segurança”.